Joaquim Evangelista afirmou segunda-feira, numa Tertúlia sobre Futebol na Figueira da Foz, cujo tema era o incumprimento dos clubes para com os seus profissionais, que tudo se deve "a uma falta de cultura de classe".
O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJ) foi o orador principal de uma Tertúlia de Futebol realizada no Casino da Figueira, defendendo que "o estado actual do futebol deve-se essencialmente á inexistência de uma cultura de classe".
Evangelista foi cáustico na abordagem de um dos grandes problemas do futebol profissional, o incumprimento por parte dos clubes para com os jogadores dos acordos celebrados em contratação colectiva: "Os culpados são conhecidos, são os dirigentes da Liga e dos clubes que não têm capacidade de erradicar este fenómeno".
Na sala como assistente estava o jogador do Atlético de Valdevez, Carlos Miguel, que acusou o clube de apenas "ter pago três meses" esta temporada.
O dirigente sindical também não esqueceu a acção de alguns empresários do futebol sublinhando que " hoje a política desportiva de alguns clubes é definida por alguns empresários".
"Existem dirigentes que fazem gestão danosa em clubes, alguns deles históricos, e a culpa morre solteira. Do meu ponto de vista falta fiscalização", disse.
No debate que se seguiu, também foi consensual que os jogadores profissionais de futebol defendem pouco os seus interesses.
O evento encerrou um ciclo sobre futebol organizado pelo Casino Figueira, em parceria com o Núcleo de Árbitros de Futebol da Figueira da Foz.
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